O banco Itaú apresentou na tarde desta terça-feira (20) as principais alterações feitas no programa de remuneração variável, o Gera, para 2023, em reunião realizada com a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do banco.
As mudanças acontecem no Gera semestral, voltado aos gerentes com carga horária de oito horas, e no Decola, programa de remuneração trimestral dos agentes de negócios com carga horária de seis horas. De acordo com o banco, o objetivo é a simplificação dos programas e a evolução em reconhecer de outras formas os colaboradores.
No Gera semestral, as agências e carteiras com maiores performances no semestre terão sua remuneração semestral dobrada. Já no Decola, a mudança é na fórmula do cálculo. O banco vai substituir o “N”, conceito que o banco usava nas avaliações individuais de todos os funcionários, com variação de 1 a 5, pelo Índice de Complementar de Metas (ICM).
A Coordenação da COE Itaú, lamenta que, mais uma vez, as alterações do programa tenham sido apresentadas ao movimento sindical nas vésperas do anúncio oficial. Seria necessário tempo para entender o programa e acompanhar os trabalhadores no dia a dia, para analisar o impacto na renumeração e sugerir melhorias.
Para a representação dos trabalhadores, o banco apresenta aquilo que, segundo eles, são alternativas que melhoram o programa, mas infelizmente, os relatos dos trabalhadores é que as metas só aumentam, a um patamar impossível de alcançar um resultado satisfatório; a pressão está cada dia maior e número de trabalhadores adoecidos é assustador.
O banco informou que vai prorrogar os prazos de apresentação das certificações profissionais série 10 e série 20 (CPA-10 e CPA-20), da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) para os dois casos. As pessoas reprovadas receberão orientação e um novo prazo de 60 dias. Já as pessoas que não chegaram a fazer a prova, serão advertidas e também terão um novo prazo de 60 dias.
Os representantes dos trabalhadores pediram ao banco que informem quantos trabalhadores estão neste cenário, antes da tomar a iniciativa. As advertências são inadmissíveis e que esse ponto precisa ser discutido com a representação dos trabalhadores. Pontuam que o banco deve apresentar a porcentagem dos funcionários que ainda não fizeram a prova.