Ao se negar a negociar, Caixa descumpre acordo coletivo de trabalho
Em reunião com a Comissão Executiva dos Empregados (CEE), a Caixa Econômica Federal se negou a negociar sobre a proposta final de pagamento do valor referente à promoção de progressão na carreira (delta) aos trabalhadores.
O banco vai excluir do público elegível todos aqueles que tiveram falta injustificada durante o ano de 2021, penalizando aqueles que aderiram à manifestação do dia 27 de abril, que visou melhorias nas condições de trabalho e no plano de assistência à saúde dos empregados, o Saúde Caixa.
A proposta já havia sido recusada pela representação dos empregados no Grupo de Trabalho sobre Promoção por Mérito, que classificou a decisão unilateral da direção da Caixa como uma prática antissindical. Ao se negar a negociar, a Caixa desrespeita o Acordo Coletivo de Trabalho, que determina que o banco tem que negociar.
Os representantes dos empregados lembram, ainda, que o banco cancelou e adiou sucessivamente as negociações sobre promoção por mérito, retardando o debate. A direção Caixa se utiliza do artifício de retardar o início das negociações para depois dizer que não há mais tempo para debates. Tal prática foi utilizada no ano passado, tanto na negociação da promoção por mérito quanto no debate sobre o Saúde Caixa.
A medida imposta pela Caixa define a distribuição do primeiro delta para todos os empregados que não têm impedimentos como:
Já o segundo delta será distribuído para os empregados que atingirem a avaliação “Excepcional” no ciclo 2021, como definido na GDP.
Os representantes dos empregados afirmam que o banco precisa reabrir urgentemente as negociações, uma vez que o prazo para o pagamento do delta está acabando.