Mais do que um novo estatuto, queremos um compromisso com o direito de envelhecer com dignidade
A divulgação do novo Estatuto Social da Caixa, renovou um desconforto que se arrasta por anos: a manutenção do limitador de 6,5% sobre a folha de pagamentos para o custeio do plano de saúde dos empregados, aposentados e pensionistas da Caixa.
A decisão, mais uma vez, desconsidera a realidade dos mais de 50 mil aposentados representados pela FENACEF, que veem no plano de saúde um direito histórico, pactuado e essencial para a sua sobrevivência. Essa trava imposta desrespeita um pacto histórico firmado entre a empresa e seus trabalhadores, ativos e aposentados, e compromete a sustentabilidade do plano.
Enquanto os custos médicos aumentam, o congelamento do percentual de contribuição da Caixa transfere para os usuários — especialmente aposentados e pensionistas — um peso cada vez mais difícil de suportar. Isso gera inadimplência, evasão e insegurança entre os mais vulneráveis, justamente os que mais dependem do plano.
A Caixa já sabe disso e nosso papel é mostrar que é possível, sim, adotar um modelo de custeio mais justo, que respeite o teto de 70% previsto na resolução CGPAR 52 e não empurre o custo para quem menos pode pagar. Porque ser aposentado não pode significar viver sob constante angústia e pressão financeira.
“Mais do que um estatuto justo, queremos um compromisso da Caixa com o direito de seus empregados, que ajudaram a construir a empresa, a envelhecerem com saúde e dignidade”, conclui Tesifon Quevedo Neto, representante da Federação na CEE Caixa.
O BancáriosRP, por meio da Feeb SP/MS, unida a FENACEF, seguirá mobilizado e manterá o diálogo aberto e preparado para apresentar propostas, pressionar e argumentar.