Em assembleia, funcionários do Santander repudiam terceirização

Consulta mostra que 98,70% trabalhadores rejeitam processo que promove perda de direitos conquistados na CCT

Funcionários reprovam terceirização em curso no Santander. Assembleia nacional dos trabalhadores do banco mostra que 98,31% são contrários ao processo, em consulta realizada na terça (11), em todo o país, organizada por entidades sindicais e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Na base do Sindicato dos Bancários de Ribeirão Preto e Região, 98,70% dos trabalhadores rejeitam o processo de terceirização em curso no Santander.

“Os números deixam claro que os trabalhadores não querem deixar de ser bancários, uma vez que reconhecem suas conquistas ao longos dos anos”, explica o presidente do Sindicato BancáriosRP, Ronaldo Silvino.

Com a manobra do Santander, os funcionários que são realocados nas empresas terceirizadas deixam de ter os benefícios conquistados na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária, como jornada de seis horas, a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), como definida na CCT, além de redução no auxílio-creche/babá.

“O banco realizou transferências forçadas de trabalhadores para os novos CNPJ que pertencem a outras categorias, a manobra abre portas para retirar direitos e impor perdas”, pontua Silvino. O Santander criou seis empresas que atingem as áreas de tecnologia e investimentos, câmbio e de manufatura.

Organização

Na mesma assembleia, os bancários também foram perguntados se preferem que sua representação sindical continue sendo por meio de sindicatos dos bancários. Em Ribeirão Preto e Região: 96,75% reafirmaram que Sim.

Além da consulta realizada nesta terça, o Sindicato e os bancários realizaram protestos em diversas agências e unidades administrativas do Santander, na sexta (7), contra a terceirização.