Dirigentes Sindicais e funcionários protestaram, nesta sexta-feira (07), contra a nova onda de terceirizações anunciada pelo banco. O Dia Nacional de Luta contra a Terceirização aconteceu em todo o país.
Em Ribeirão Preto os dirigentes sindicais percorreram todas as agências da cidade para protestar e esclarecer os funcionários, através de uma Carta Aberta sobre a decisão egoísta e sem qualquer diálogo com o sindicato, em implementar mais terceirizações. Na segunda-feira 3, os cerca de 1,7 mil funcionários da área de manufatura passaram a ser transferidos para outra empresa do grupo Santander, chamada “SX Tools”.
Os empregados do setor estão lotados em sua maioria no Radar, e agora estão sendo transferidos para o Conexão, onde vão prestar serviços para “SX Tools”.
Assembleia para rejeitar mudanças
Serão realizadas assembleias, em âmbito nacional. Os trabalhadores devem participar e rejeitar todas as mudanças promovidas pelo Santander. A Assembleia Extraordinária Específica dos funcionários, da base territorial do Sindicato dos Bancários de Ribeirão Preto e Região está marcada para dia 11 de outubro, terça-feira de forma remota/virtual. (O link será disponibilizado no período da votação)
(Veja Edital Abaixo).
Desde o fim do ano passado o banco vem transferindo trabalhadores para outras empresas, como STI, SX, Santander Corretora, F1RST, Prospera e, agora, SX Tools. Cada uma vinculada a um sindicato diferente.
Com o discurso de modernização e foco no cliente, o Santander está destruindo direitos e a organização dos trabalhadores e aprofundando o processo de terceirização no banco. Desde o fim do ano passado o banco vem transferindo trabalhadores para outras empresas, como STI, SX, Santander Corretora, F1RST, Prospera e, na última segunda-feira (3), cerca de 1,7 mil funcionários da área de manufatura passaram a ser transferidos para outra empresa do grupo Santander, chamada “SX Tools”.
A notícia pegou a todos de surpresa – até poucos dias atrás o banco informava apenas uma transferência de local físico da área. A mudança anunciada nesta sexta-feira 30 poderá atingir o contrato de trabalho, a representação sindical e os direitos da convenção coletiva de trabalho da categoria bancária.
“Um processo de diálogo e de negociação permanente pressupõe transparência e credibilidade. A direção do Santander não tomou a decisão de terceirizar centenas de funcionários, e muito menos formulou essa mudança de um dia para o outro”, observou a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Lucimara Malaquias. “Essa alteração em um período tão curto, informando os trabalhadores na última hora e sem negociação prévia, sinaliza que o banco não respeita o processo negocial coletivo, não está aberto ao diálogo e tampouco respeita os trabalhadores que serão submetidos a alterações profundas nos seus contratos de trabalho, podendo resultar em perdas significativas de salário e de direitos”, completou.
Em reunião realizada pela manhã, os representantes do banco apresentaram as novas condições aos bancários de forma efusiva e sensacionalista, em uma tentativa de fazer os trabalhadores se posicionar favoravelmente e induzi-los a acreditar que as mudanças serão benéficas.
“O tom da apresentação da mudança foi vergonhoso, em uma tentativa de convencer os trabalhadores a acharem incrível que, a partir de segunda-feira, perderão os direitos e conquistas garantidos pela Convenção Coletiva de Trabalho de uma das categorias mais organizadas do país. Ou seja, perder direito no Santander virou festa, porque, com isso, o banco reduzirá custos e aumentará seus lucros. Os trabalhadores que nos procuraram disseram que se sentem enganados e traídos pelo banco”, destacou Lucimara.
Fonte: Contraf-CUT, com informações do Seeb/SP