Itaú se aproveita de fragilidade de bancários adoecidos para propor acordo de desligamento

Publicado por:Rogerio Novaes

Os Sindicatos tomam conhecimento que alguns bancários do Itaú, afastados por licença médica, estão sendo procurados pelo banco para abrirem mão da estabilidade em troca de uma indenização. 

Segundo os relatos dos trabalhadores, uma pessoa da área de Pessoas do banco entra em contato por telefonema e afirma ter uma proposta, não obrigatória, para que ele seja desligado do Itaú. O trabalhador é informado ainda que, caso não aceite a proposta, seu trabalho no banco segue normalmente.

A proposta apresentada refere-se a uma verba referente ao plano de saúde, a depender do tempo de casa, da estabilidade e de outros direitos garantidos pela CCV (Comissão de Conciliação Voluntária).

“O bancário adoecido pelo trabalho não deve renunciar a seus direitos. É dever do banco acolher este trabalhador, orientá-lo em relação ao afastamento, e recebê-lo adequadamente, com as devidas medidas para a sua readaptação no retorno ao trabalho. Trata-se de um momento em que o bancário mais precisa de apoio”, enfatiza a secretaria geral do BancáriosRP e bancária do Itaú, Nancy Mazzei Kroll

“As bancária e bancários estão cada vez mais adoecidos por conta da cobrança excessiva, metas abusivas e também pelo assédio moral em seus locais de trabalho. Grande parte dos afastamentos de bancários, são por conta de doenças mentais. No Itaú não é diferente. Não é justo que o bancário se dedique tanto ao banco e, na hora que adoece, seja tratado com tanto descaso”, finaliza.

O Sindicato esclarece que a proposta oferecida pelo Itaú para os trabalhadores afastados é uma iniciativa exclusiva do banco, que não é assinada e não possui a concordância do Sindicato. Os bancários não são obrigados a aceitar tal proposta, e não podem sofrer qualquer forma de pressão ou retaliação caso não aceitem. Caso aconteça, o trabalhador deve procurar o imediatamente o Sindicato através do Canal de Denúncias. O sigilo é garantido.

Além do Canal de Denúncias, o bancário pode entrar em contato com o Sindicato por telefone (16 2111.7070), ou WhatsApp: 16 99635.2121

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