O movimento sindical, por meio da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em conjunto com pesquisadores do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UNB), lança a pesquisa “Avaliação dos Modelos de Gestão e das Patologias do Trabalho Bancário”. Segundo os representantes da categoria, o objetivo é analisar a relação entre os modelos de gestão adotados pelos bancos e o adoecimento dos trabalhadores do ramo financeiro. A pesquisa faz parte das ações da Campanha Menos Metas, Mais Saúde e o movimento sindical alerta para a participação ativa da categoria.
“É de suma importância a participação de todos. Quanto mais trabalhadores responderem à pesquisa, mais precisa será a análise das condições de trabalho e a identificação das principais patologias que afetam a categoria. Uma análise mais profunda, facilita a elaboração da proposta de soluções para minimizar os impactos dos modelos de gestão e melhorar as condições de trabalho para a categoria”, explica Ronaldo Silvino, presidente do BancáriosRP.
A pesquisa abordará questões como regras formais, tempo, ritmo, controle e características das tarefas; condições físicas de trabalho, como infraestrutura, ambiente físico, qualidade do posto de trabalho, equipamentos e materiais, entre eles, aplicativos e sistemas; além das condições sociais, como relações socioprofissionais de trabalho, interações hierárquicas, coletivas intra e intergrupos e externas presencial e virtual.
Conforme a equipe idealizadora da pesquisa, a ação busca o aperfeiçoamento das ferramentas do movimento sindical bancário para contrapor os repetidos argumentos patronais de isenção quanto ao adoecimento da categoria, frente a um crescente número de casos. Além das respostas, contribuírem diretamente para a construção de um ambiente de trabalho mais saudável no setor bancário, o resultado possibilitará a elaboração de um relatório técnico que guiará as ações sindicais e organizacionais para combater riscos psicossociais e promover a saúde de todos os envolvidos.
Saiba como responder
A pesquisa estará disponível até o dia 31 de outubro de 2023. Para participar os interessados devem clicar aqui.
O questionário leva, em média, 20 minutos para ser respondido. Além das perguntas relacionadas ao ambiente físico de trabalho, a pesquisa busca registrar a ocorrência de adoecimento, inclusive mental, eventuais acompanhamentos médicos, uso de medicação e afastamentos do trabalho.
Todas as respostas coletadas serão preservadas com a garantia de sigilo e direcionadas automaticamente aos pesquisadores envolvidos, que terão a tarefa de estabelecer as métricas das amostras por região, por estados da federação, por indicadores socioeconômicos (sexo, escolaridade, idade, raça, escolaridade, estado civil, cargo, forma de contratação e por banco).