Sem qualquer negociação com o movimento sindical, banco comunica aos funcionários que agências ficarão abertas das 9h às 18h, entre os dias 6 e 10 de fevereiro, para a negociação de dívidas dos clientes
O banco Santander encaminhou um comunicado institucional aos seus funcionários, nesta sexta-feira (3), informando que as agências funcionarão em horário estendido, das 9h às 18h, de 6 a 10 de fevereiro para atender, exclusivamente os clientes que queiram negociar dívidas.
A ação faz parte do programa “Desendivida”, criado pelo Santander no início de 2022. Na ocasião, o banco tentou abrir as agências aos sábados e foi alvo de inúmeras ações judiciais, que obtiveram liminares impedindo a abertura das agências.
As liminares que impediram a abertura das agências aos sábados deveriam servir de lição para o banco, mas, o banco ainda não aprendeu que deve negociar as ações que envolvam os trabalhadores.
A coordenação da COE, lembra que o banco tem um normativo interno sobre a compensação de horas, e já cobraram para que sejam mantidas as condições de saúde e de segurança dos trabalhadores e que sejam, devidamente registradas as horas de trabalho, inclusive as pausas para almoço, e que, já que o banco nos impôs esse normativo que prevê a compensação de horas e não o pagamento de horas-extras, que garanta que os gestores não vão apresentar qualquer tipo de empecilho para que as horas trabalhadas a mais sejam efetivamente compensadas em horas de descanso dos trabalhadores.
O movimento sindical defende que as horas trabalhadas a mais devem ser pagas, e não compensadas, e que o normativo de compensação de horas foi criado pelo Santander, após a reforma trabalhista de 2017, sem qualquer tipo de negociação com as entidades de representação sindical dos trabalhadores.
O sindicato vai acompanhar não apenas o expediente estendido durante a semana, mas os desdobramentos para a compensação das horas trabalhadas a mais ou outra forma de compensação que possa vir a ser definida, como o seu devido pagamento. “A orientação é para que os trabalhadores que se sentirem lesados, ou forem impedidos de compensar as horas, procurem seus sindicatos”, ressalta Ronaldo Silvino, presidente do Sindicato BancáriosRP.