Sindicato reforça mobilização em defesa do Saúde Caixa e repudia proposta abusiva do banco

Publicado por:Rogerio Novaes

Categoria reage à intransigência da Caixa e reafirma a luta pela manutenção do plano de saúde, baseado na solidariedade e no pacto geracional

O Sindicato dos Bancários de Ribeirão Preto e Região realizou, nesta terça-feira (7), mais uma importante ação do Dia Nacional de Luta em Defesa do Saúde Caixa, reunindo empregadas e empregados da Superintendência Executiva de Varejo (SEV) e das agências centrais da cidade.
O ato teve como objetivo dialogar com os trabalhadores sobre o andamento das negociações do Acordo Coletivo de Trabalho específico do Saúde Caixa, reforçando a mobilização e a pressão sobre o banco por uma proposta que garanta a manutenção do plano e preserve seus princípios de solidariedade, mutualismo e pacto geracional.

Durante a mobilização, houve paralisação das atividades e a distribuição do boletim Avante, que traz o histórico das negociações e as principais reivindicações da categoria. A ação integra o calendário de mobilização promovido pelo Sindicato, que está percorrendo todas as agências da base territorial para fortalecer o engajamento dos empregados e preparar novas ações, caso a Caixa mantenha sua postura intransigente.

Proposta do banco é considerada abusiva

Na última mesa de negociação, realizada na segunda-feira (6), a Caixa Econômica Federal apresentou uma proposta que gerou forte indignação entre os trabalhadores.
O banco negou o fim do teto de 6,5% da folha salarial destinado às despesas com o plano de saúde e propôs reajustes abusivos nas contribuições: aumento de 3,5% para 5,5% sobre o salário-base dos titulares e elevação do valor pago por dependente indireto, de R$ 480 para R$ 672.
Além disso, os valores máximos a serem pagos pelas empregadas e empregados teriam reajuste médio de 71%, passando de até 7% para até 12% da remuneração base.

A proposta foi rejeitada pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) por representar um grave retrocesso e ampliar significativamente os custos para os trabalhadores.

Sindicato reafirma compromisso com a categoria

O dirigente sindical e empregado da Caixa, Marcelo Pereira Almeida, destacou a importância da mobilização e o compromisso do Sindicato com a defesa do plano:

“O Saúde Caixa é nosso — uma conquista histórica que reconhece a responsabilidade direta do banco com a saúde de seus empregados. A via negocial sempre será nossa prioridade, mas, se a Caixa insistir em se eximir desse compromisso, a categoria está pronta para ampliar a mobilização e, se necessário, deflagrar um movimento paredista. Não aceitaremos que a saúde dos trabalhadores seja tratada como custo.”

Marcelo reforçou que o plano, além de um direito consolidado, é um instrumento de proteção social que garante atendimento digno e acessível a milhares de famílias:

“O mutualismo, o pacto intergeracional e a solidariedade são pilares do Saúde Caixa. Romper com esses princípios é colocar em risco não apenas o equilíbrio financeiro do plano, mas também a segurança de quem dedicou anos de trabalho ao banco.”

Mobilização nacional

As manifestações em Ribeirão Preto ocorreram de forma simultânea às mobilizações em todo o país, expressando a insatisfação generalizada da categoria com a postura da direção da Caixa e reiterando que a luta em defesa do Saúde Caixa segue firme e unificada.

Enquanto o impasse persiste, o Sindicato reafirma que não medirá esforços para garantir que o acordo coletivo seja renovado sem retrocessos, preservando o acesso à saúde e o respeito a quem faz da Caixa um dos principais bancos públicos do país.

O diretor Fábio Mancuzzo, empregado da Caixa e representante do Sindicato dos Bancários de Ribeirão Preto e Região, reforçou o chamado à mobilização:

“Como não houve acordo, a reunião que estava marcada para esta terça-feira, 7, foi suspensa. O que está em jogo é a nossa saúde e a saúde de nossas famílias, o nosso futuro. É fundamental reforçar a mobilização para pressionar o banco — e, para isso, contamos com a participação das entidades representativas, de empregadas e empregados das agências e prédios, gestores, superintendentes e todos os que podem ser impactados por esses ataques ao Saúde Caixa.”

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