Sindicatos se reúnem com Itaú para cobrar fim das demissões

Publicado por:Rogerio Novaes

Em reunião presencial ocorrida na quinta-feira (16), COE cobrou explicações do Itaú sobre demissões e fechamento de agências

A Comissão de Organização do Empregados (COE) do Itaú cobrou do Itaú o fim das demissões e a interrupção do processo de fechamento das agências físicas. A reivindicação foi apresentada na reunião que aconteceu no Centro Empresarial (Ceic) entre representantes dos trabalhadores e do banco.

Os sindicatos presentes na reunião cobraram a realocação dos trabalhadores – uma série de denúncias recebidas pelas Entidades Sindicais apontam que os trabalhadores não têm chance de nova oportunidade dentro do banco.

O Itaú apresentou os números das agências fechadas. Só no Estado de São Paulo 78 unidades foram encerradas, de um total de 239 no País.

O banco informou ainda a abertura de 38 agências de negócios, que engloba a capital paulista e outros 15 municípios. Também informou que irá apresentar ao movimento sindical este novo modelo de agência e o seu funcionamento.

Ainda de acordo com os números apresentados pela instituição financeira, o processo envolveu 1971 bancários em 2022, sendo que 74% foram realocados. Na reunião, o banco alegou um saldo positivo de 2707 contratações entre janeiro de 2022 e março de 2023.

Os sindicatos presentes questionaram os números e o processo de realocação, e solicitaram do banco a informação sobre para onde foram estes funcionários. Foi solicitado que o Itaú apresente, na próxima reunião, os locais para onde foram realocados estes trabalhadores, para que o processo possa ser acompanhado. O banco se comprometeu a fazer um levantamento e a apresenta-lo.

O banco pediu que os Sindicatos agendem uma data para apresentar seu programa de diversidade, e também debater sobre saúde e condições de trabalho.

Também foi debatida a questão do adoecimento causado nos bancários quando eles sabem da desativação do local de trabalho.

Os representantes dos trabalhadores cobraram do banco o fim das demissões, mais contratações e o fim do assédio moral, que é generalizado nos locais de trabalho. O encerramento das agências e a falta de comunicação e orientação do banco no processo de realocação gera instabilidade emocional, causando danos à saúde.  Já que o banco, ao invés de dar suporte, transfere a responsabilidades para o trabalhador, que se sente pressionado.

Relacionados

site post (3)
Lucro do Itaú chega aos quase R$ 41,5 bilhões em 2024
site post (8)
site post (1)
Aposentados do Itaú cobram condições dignas no plano de sa...
site post (1)
Janeiro Branco reforça defesa da saúde mental na categoria...
site post (2)
Movimento sindical irá debater com Itaú plano de saúde dos...