Sindicatos dos bancários de todo o país lançam a Campanha Menos Metas, Mais Saúde para evidenciar o cenário de adoecimento físico e mental dos trabalhadores do ramo financeiro.
De acordo com os representantes dos trabalhadores, o objetivo é denunciar e evidenciar o cenário de adoecimento físico e mental dos trabalhadores do ramo financeiro. Entre os adoecimentos mais frequentes registrados pela categoria estão os transtornos psicológicos e as LER/Dort, ocasionados a partir da cobrança de metas excessivas.
A edição 2023 da campanha foi lançada oficialmente em 11 de abril, com manifestações, em todo o país e nas redes sociais, contra o assédio e a cobrança de metas abusivas realizada pelos bancos. A campanha terá a duração de seis meses.
Ação nas redes sociais
Além de atividades de rua, os trabalhadores tiveram presença maciça nas redes sociais e um tuitaço será realizado, no mesmo dia entre 11h e 12h. Para fortalecer a campanha os manifestantes participaram com a utilização da hashtag: #MenosMetasMaisSaúde.
Dentro das agências envidraçadas com layout bem cuidado, o bancários vivem dramas cotidianos. A pressão por resultados é constante, metas abusivas são impostas com ameaças e o assédio moral faz parte do cotidiano da categoria. Isto tem gerado sofrimento e adoecimento:
Apesar de representar 1% do emprego formal no Brasil, a categoria bancária representa 24% dos afastamentos acidentários (B91) por doenças mentais e comportamentais no país. Em 2012, esse percentual era de 12%.
Nos últimos cinco anos, o número de afastamentos nos bancos aumentou 26,2%, enquanto no geral a variação foi de 15,4%, ou seja, entre os bancários a variação foi de 1,7 vezes maior do que na média dos outros setores.
Nos afastamentos acidentários (B91) as doenças mentais e comportamentais saíram de 30% em 2012 para 55% em 2021 e as doenças nervosas foram de 9% para 16%.
Segundo pesquisa, ocorre em torno de um suicídio a cada vinte dias entre os bancários.
Quando o trabalhador adoece, os bancos dificultam o tratamento, discriminando, descomissionando e demitindo.
Fonte: Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho (Smartlab) e Marcelo Augusto Finazzi Santos (UNB)
Rompendo o Silêncio
Para que o sindicato possa agir com rigor e combater todo tipo de assédio e acabar com este cenário assustador é imprescindível que você conheça seus direitos, rompa o silêncio e não tolere mais nenhum tipo de assédio. Denuncie!
Basta clicar no banner abaixo para realizar sua denuncia com total segurança e sigilo.